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Vocações Sacerdotais – 2ª parte

  Como foi explicitado na coluna anterior, 1ª parte deste Portal da Memória, o advento do pré-Seminário São José, em Patos, e do Seminário Nossa Senhora da Assunção, em Cajazeiras, bem como sob a “batuta” de Dom Mousinho e Dom Zacarias, é que floresceu o maior número de seminaristas em nossa cidade. Não se pode […]

Publicada em: 06/03/2016

 

Como foi explicitado na coluna anterior, 1ª parte deste Portal da Memória, o advento do pré-Seminário São José, em Patos, e do Seminário Nossa Senhora da Assunção, em Cajazeiras, bem como sob a “batuta” de Dom Mousinho e Dom Zacarias, é que floresceu o maior número de seminaristas em nossa cidade.

Não se pode olvidar, no entanto, o embrião plantado por Dom Henrique Gelain, terceiro bispo diocesano (período de 1945-1948): o seu apoio decisivo ao seu clero. Tanto é que, em se falando de vocações sacerdotais, a Cruzada Eucarística, que congregava crianças e jovens na primeira idade, sob a orientação dos Padres Américo, Linhares, Laíres, Hélio Lacerda e Chico Pereira, deu grande impulso à formação de acólitos, os chamados “croinhas”.

Envaideço-me de haver feito parte de uma das primeiras safras que, reunindo-se sempre no vetusto prédio da Ação Católica, mantinha uma excelente biblioteca direcionada aos assuntos religiosos. Desta safra é que tivemos alguns dos seminaristas, cujos nomes alinharemos logo abaixo, e que, para facilitar a contemporaneidade dos fatos, o faremos seguindo um roteiro por nós predeterminado.

Assim é que marcaremos com (*) os que não chegaram ao sacerdócio, ficando pelo meio do caminho, logo no início ou no meio de uma jornada; com (**), os que, optando pelo que lhes facultavam normas estabelecidas pelo Concílio Vaticano II – iniciado pelo Papa João XXIII, em 1961, e encerrado por Paulo VI, em 1965 – obtiveram, junto à Cúria Romana, uma permissão especial para contrair matrimônio, tendo sido suspensa a obrigatoriedade do celibato sacerdotal, por meio da assinatura de um documento chamado de “Restrito de Licença”; com (***), os que se afastaram do ministério sacerdotal, antes do advento dessas deliberações eclesiásticas (desconhecemos se as obtiveram posteriormente); com (****), aqueles que se mantiveram/mantêm na missão sacerdotal; e, por fim, com (*****) aquele que, ao que se sabe, representa um caso sui generis, no Brasil, pelo menos: (*) – Antônio Holanda, Gilberto Rolim de Moura, Edme Tavares de Albuquerque, José Leopoldo de Souza, Francisco (Chico) Soares, Luís de França, José de Anchieta Figueiredo (irmão da Madre Bernadete, antiga superiora das Irmãs Carmelitas), Inácio de Souza Rolim, este que escreve a coluna, Aécio Lira de Oliveira, José Ferreira (amistosamente chamado de Zé Barata), Osaes Mangueira, Rosálio (Rosalvo, para alguns mais íntimos) de Souza, Celso, Otavino Alves, José Almir e seu irmão Bosco Cartaxo, João Bosco Maciel (Joãozinho), Paulo Mendes, Juracy Gonçalves, Esmeraldo Gomes Vieira; (**) – José de Souza, Paulo Andriola, Antônio de Souza Sobrinho, Carmil Vieira, José Loureiro Lopes, José Zélio Marques, Martinho Salgado Dagmar Nobre e Valdomiro; (***) – Américo Sérgio Maia, Hélio Lacerda e José Cartaxo; (****) – José Sinfrônio de Assis, Gervásio Fernandes, Raimundo Lins Rolim, João Andriola, José Mangueira, Nélson Araújo, Antônio Luís do Nascimento (Buíca); (*****) – O caso sui generis de que falamos é o do nosso particular amigo José Paulo Pires Braga. Desistindo da ordenação sacerdotal um pouco antes da conclusão do curso de Teologia, em Roma, veio a contrair matrimônio com Aline, de cujo enlace se constituiu uma bela e religiosa prole. Após ter vivido por algum tempo no recesso familiar veio a enviuvar e retomou o Curso de Teologia, também em Roma, obtendo a ordenação sacerdotal e, posteriormente, recebendo o título de monsenhor. Diga-se de passagem que o “caso” de Mons. Paulo Pires, na época, “agitou” o noticiário tupiniquim, tendo sido matéria explorada nas grandes revistas nacionais, O Cruzeiro e Manchete.

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Obs.: Na foto, numa das primeiras “levas” de seminaristas dos anos 50, estão destacados os nossos conterâneos: Anchieta, Chico Soares e Luís de França, entre colegas de turma. Se você, leitor amigo, se lembrar de alguém que tenha ficado de fora desta lista, comunique-me, pois terei o prazer de incluí-lo, objetivando perpetuar, em livro a ser lançado futuramente, a memória desses filhos de nossa terra.