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JOSÉ ANCHIETA

Redator do Jornal Gazeta do Alto Piranhas, Radialista, Professor formado em Letras pela UFPB, Secretário da prefeitura de Cajazeiras.

A eleição e o tom dos debates

Publicada em: 03/10/2015

As cidades da região já vivem o clima das eleições de 2016, e esse ambiente favorável ao debate político é normal em anos pré-eleitorais, notadamente, em se tratando de pleitos municipais, sempre marcados por muito acirramento. A diferença, desta vez, é o momento crítico vivido pelo país, em virtude da onda de escândalos na esfera administrativa, denunciados nas várias operações em andamento.

Esse quadro de indecência na vida pública, que tanto mal tem causado à população, certamente, deverá pautar as discussões em torno dos próximos embates eleitorais. Isso porque o próprio eleitor consciente deverá exigir ficha limpa dos postulantes, buscando novos rumos para um cenário marcado, sobretudo, pelo descrédito.

Nesse sentido, o Ministério Público, a CNBB, as igrejas, e outras instituições da sociedade civil organizada deverão dar sua contribuição, com a realização de campanhas pelo voto limpo e consciente, a exemplo do que já ocorreu em outros momentos eleitorais.

Na Paraíba, por exemplo, o MPF já vem desenvolvendo importante campanha denominada de “Dez Medidas contra a Corrupção”, com o objetivo de reunir assinaturas para apresentação de projetos de lei de iniciativa popular ao Congresso, visando prevenir e reprimir com mais rigor as práticas de improbidade administrativa.

Esse movimento tem conseguido a adesão de muitas instituições e entidades da sociedade paraibana, chegando aos municípios maiores e coletando milhares de assinaturas, o que comprova o interesse de significativa parcela da população no assunto.

Na verdade, há um sentimento de indignação muito forte entre diversos segmentos sociais, com o atual quadro, o que deverá repercutir também no processo eleitoral, motivando o eleitor a debater o tema. Aliás, o momento da eleição deve ser aproveitado para discussão dos problemas que mais angustiam a população.

Adiando as definições

A mudança no prazo de filiação partidária, de um ano para apenas seis meses, para quem pretende disputar mandato eletivo em 2016, adiou muitas decisões políticas. Em Cajazeiras, por exemplo, muitas alterações no quadro político ainda poderão ocorrer até março do ano que vem. Agora, é só aguardar.

 

Jogando duro

O ex-deputado Vituriano de Abreu reagiu com dureza às especulações sobre uma possível aproximação do PMDB com o esquema governista local, defendida pelo senador Raimundo Lira. “Nem em sonho isso é possível”, disse Vituriano, acreditando que a cúpula peemedebista estadual respeitará as peculiaridades de cada município e, especificamente, de Cajazeiras, como sempre aconteceu. Vituriano é o presidente da Comissão Provisória do PMDB de Cajazeiras, e reafirmou a disposição de contribuir com a oposição na eleição de 2016.