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GAZETA

Os seminaristas

Publicada em: 25/01/2015

Quando o progresso ainda não havia de todo chegado a Cajazeiras, o “Cristo Rei” era o maior “ponto turístico” citadino. Para lá convergiam muitos, sobretudo nas manhãs ensolaradas dos domingos. O objetivo era observar a cidade, vista de cima e de longe, sentindo a brisa matinal e refrescante de um dia de verão e, ocasionalmente, dar uma passada pela “furna da onça”, local que, diz a lenda, servia de pousada à fera, que ali se refrescava na sombra provocada pelo encontro de dois enormes blocos de pedras.
Hoje, o Cristo é um bairro bem habitado, e, lamentavelmente, a estátua está encoberta pelo progresso (antenas e mais antenas desfiguram a sua imagem). E quem mais vai passear por ali?!… Quando começaram as invasões do progresso por aquele lugar tão simbólico para nossa terra!? Que bom seria que as antenas que retiram a visão do Cristo dali fossem transportadas para outros locais, e voltássemos a contemplar o nosso “ponto turístico”, como outras cidades interioranas o fazem com semelhantes estátuas.
Ah, sim! A foto, operacionalizada em junho de 1951, mostra, em pé, pela ordem, seminarista José Anchieta, padre Hélio Lacerda, seminaristas Edme Tavares e João Andriola; sentados: pré-semiarista (hoje sacerdote) Antônio Luiz do Nascimento (Padre Buíca), Paulo Andriola (ainda acólito) e este colunista, nos anos de pré-seminário. Ao fundo, mais distante, a imagem do “Cristo Rei”.